Quando pensamos na história como um todo, nos damos conta de que fatos terríveis que acontecem, como guerras e catástrofes, ao longo da história dos países, acabam sendo apenas um “flash”. Ou seja, vistos nos livros como episódios que marcaram determinada época. Só, que devemos entender que em geral, as consequências desses fatos ficam marcadas através da maneira como as pessoas vivenciam e reagem as situações. No fundo são os detalhes desses períodos que vão marcar a formação e cultura de um povo.
Nesse inicio de século, entre as muitas questões atuais que envolvem e preocupam a população, se fizermos uma pesquisa entre os jovens para saber quais são as que mais preocupam, provavelmente iriam citar o desmatamento, a corrupção e a violência social. Vamos por partes: Quanto ao desmatamento, podemos perceber uma sincera preocupação ecológica e ficar alegres que tenha sido finalmente despertada. A corrupção é vista como algo de complexa solução. A violência social percebe-se claramente que está relacionada ao consumo de drogas, incomoda muito e tem sido motivo de debates e busca de solução.
Porem como disse anteriormente são os detalhes da época que irão marcar o período e influenciar o futuro. Nesse caso, o “detalhe” é a maneira como alguns tentam conduzir a discussão do consumo de drogas. Estão pleiteando a legalização/descriminalização (seja lá qual for o termo aplicado), isso confere aspectos ainda mais arriscados para o futuro que desejamos. É um tema grave que ameaça nossas chances de um dia nos tornamos uma sociedade evoluída, no sentido de vivermos de forma saudável e harmônica, sem medo de que alguém ao nosso lado esteja dirigindo um veiculo ou tomando decisões que afetam a vida coletiva sob a influencia de alguma droga psicotrópica. Trata-se sem sombra de duvidas de uma sinistra questão que põe em risco a evolução da sociedade. O “detalhe maior”, é que muitas pessoas não estão se dando conta da ignorância e irresponsabilidade com que o tema vem sendo tratado pelo continente americano afora.
Nos Estados Unidos, já está comprovado que a proposta só ganhou força após o dinheiro injetado em campanhas pró legalização, por mega investidores que aparentemente desejam aumentar seus lucros através de mais uma tragédia social. Sim, prezado leitor, não se engane, isso é tão possível, quanto um dia houve quem financiasse navios negreiros e hoje exista quem proporcione desmatamento e outros crimes contra a humanidade.
No Brasil e no continente latino americano como um todo, talvez que pelos resquícios do legado cultural de quem foi colônia, e teve na sua formação cultural, a preparação para aceitação de propostas e imposições absurdas, a opção oferecida para resolver a questão da violência social, tem sido a legalização ou descriminalização do consumo da maconha.
Ainda que tenhamos sido tão bem preparados para sermos tolerantes com hipocrisia, ineficiência de serviços, corrupção, exploração de trabalho, alta carga tributaria e outras injustiças. Acolher a defesa da opção de que a melhor forma de acabar com o consumo de uma droga seja a liberação de outra. Seria como aceitar que para não levar um tiro na cabeça se aceite um tiro no pé.
Temos assistido políticos e outras celebridades do momento, virem a publico defender de forma convicta a liberação da maconha sob a justificativa de que iria acabar com o trafico. Estas pessoas estão simplesmente nos dizendo que não devemos ter nenhuma perspectiva com o sonho de que algum dia, a sociedade possa chegar a um pacto de viver de forma saudável do ponto de vista físico e mental.
É o nosso legado cultural se fazendo presente nas decisões importantes que devemos tomar. Ao que parece “gritando”: não tem como fugir, estamos fadados ao caos. Saibam que não podem viver sem serem de alguma forma sacrificados. Será mais fácil para quem não acreditar em alguma utopia.
Devemos temer os "detalhes" da história e pensar bem antes de valorizar os comentários de quem não deseja um futuro luminoso.
Vicente Ramatis - Autor do livro Armadilha Social.
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