Como se já não bastasse vivermos uma sociedade desfavorável para se conseguir atingir níveis satisfatórios de qualidade de vida. Afinal, são tantas as questões de violência no dia-a-dia do cidadão comum, somados aos fatores: transito caótico agravado por motoristas usuários de álcool e todos os outros tipos de drogas psicotrópicas, corrupção, negligencia e incompetência que prejudica serviços tanto públicos quanto privados e outras mazelas sociais que nos atingem. Agora surge mais esta “pérola” de alguns que querem legalizar a maconha. Simplesmente ignoram o quanto de malefícios que tal medida causaria a população e de um modo geral, a vida em si na nossa já conturbada sociedade. O pior é que a campanha reúne em suas fileiras, pessoas que podem ser consideradas como celebridades. São cidadãos, que devido ao quanto podem influenciar os menos avisados, demonstram serem insensíveis a responsabilidade de suas falas e atitudes. Sejam eles motivados por desejos próprios de usuários que buscam se garantirem e se justificarem, sejam pessoas que apesar de ter algum talento, notadamente não parecem ter desenvolvido a capacidade de compreenderem as coisas como elas realmente são, e, consequentemente acabam tendo a sua opinião manipulada pelo discurso convincente de outros mais espertos, ou seja, pessoas que agindo como predadores sociais enxergam apenas boas oportunidades de negócios e se esmeram na arte do convencimento. O fato mais assustador, é que este tipo de movimento recebe o reforço de políticos que em vez de estarem trabalhando pela educação, prevenção e real melhora da qualidade de vida dos eleitores, preferem defender implausíveis “estórinhas” de que estão querendo acabar com o tráfico e os traficantes. Só que a esta altura da vida contemporânea, o cidadão comum já entendeu que seja lá sob qual justificativa que for, querer legalizar o trabalho e o produto de quem se mostra indiferente a vida do semelhante, vende substancias que causam dor e sofrimento as famílias, alem de que pode causar morte de forma tanto lenta quanto rápida, seria como propor legalizar a ação de quem visando apenas o próprio bem, vida fácil e enriquecimento ilícito, rouba, assalta e mata. Percebe-se claramente que tal medida, tornaria ainda mais sobressaltada a vida daqueles que só querem viver, prosperar e cuidar da família em paz.
Vicente Ramatis
Médico Psiquiatra e autor do livro Armadilha Social.
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