Vivemos tempos de violência social urbana, sabidamente atribuída ao uso de álcool e outras drogas. Substancias que como sabemos produzem dependência no usuário. Essa discussão acaba por deixar de lado a percepção de que as pessoas padecem de outros tipos de dependência. Neste texto vamos citar aquela que mais parece singela, porem, tem forte impacto nas relações pessoais. A conhecida pseudo dependência do amor.
Capaz de provocar angustia, dores e outros sofrimentos emocionais. Em momentos de crise, pode levar esse tipo de dependente a matar e cometer outras loucuras.
Pode se manifestar após a descoberta de que nem tudo está bem no relacionamento afetivo. - Começa pela Constatação que a parceria antes tão plena de intimidade e cumplicidade se transformou em situações de constantes expectativas frustradas.
O próximo passo pode ser, uma das partes transformar o que antes era fator de ligação em tentativa de chantagem e manipulação. Às vezes as duas partes podem agir assim. Nesse caso os dois acabam se “vitimizando”.
Quando acontece, geralmente seus efeitos podem se fazer perceber inicialmente através de quadros de ansiedade, distúrbio de humor, sono e do apetite. Em fase prolongada pode provocar depressão e até levar a perda de produtividade no trabalho. Claro que as consequências variam muito de pessoa a pessoa. Depende muito do perfil psicológico e da história natural de vida e formação de personalidade.
Não existem estatísticas que informem quem é mais envolvido, se o homem ou a mulher, mas é perceptível que o sexo feminino, por razões emocionais, parece ser mais afetado. A desconfiança maior para este fator, é a tal da crença na necessidade de descobrir o seu “príncipe encantado”. Essa como todos sabem, é motivada pelo romantismo. Sentimento que adentra a alma feminina. Muitas vezes proporciona atitudes, no mínimo, vistas como insensatas. Passado de geração a geração, resiste aos tempos modernos. Afeta desde as mais sonhadoras até aquelas que aparentemente são mais bem sucedidas profissionalmente.
Não cabe aqui, apontar todas as razões capazes de levar a esse quadro de pseudo dependência do amor. Mas posso informar que algumas se sobressaem. Entre elas ganha destaque a imaturidade emocional e a baixa auto-estima.
O tratamento seria aprender a superar o sentimento de co-dependencia e melhorar a auto-estima. Bem como desenvolver a capacidade de contornar a triste sensação de intolerância ao medo da solidão.
Não saberia aqui informar se o desenvolvimento pessoal necessariamente precisa passar por esse tipo de experiência. Mas, posso dizer com certeza, que ainda que diversos poetas sejam capazes de afirmar que são essas experiências que dão graça a vida, na questão do amor, nada substitui a felicidade de viver uma relação estável.
Se você ainda não conseguiu chegar lá, boa sorte na sua procura. Mas prossiga com bom senso e auto-estima.
Vicente Ramatis
Será que a relação estável é garantia de felicidade? Tenho lá minhas dúvidas Doutor?
ResponderExcluirMuito bom o blog.