Admirável Mundo Novo.


Durante o julgamento de passeatas da maconha que tem sido sistematicamente proibida por juizes estaduais pelo país afora, e, liberadas pelo STF, assistimos estarrecidos aos ministros utilizarem de toda a sua contundência verbal para se pronunciarem contra a proibição.
No dia seguinte, ouvi de vários colegas de trabalho, seguidas manifestações de indignação. Simplesmente não conseguem entender como que pessoas que tem tanto poder e responsabilidade, ainda que possam se basear em tantas justificativas técnicas, puderam se posicionar de forma tão inconsequente.
É tão claro que uma decisão assim vai fortalecer o trabalho daqueles que não parecem querer viver de forma saudável, responsável e no caminho de uma sociedade rumo à evolução social. Tal decisão, só serve para possibilitar o trabalho de quem quer legalizar mais uma droga psicotrópica e parece não se importar, se com isso, trouxer ainda mais dor para o nosso país. Pode acontecer na forma de atraso social, custo para a saúde e aposentadorias precoces. Sem contar que tornam a nossa sociedade mais insegura. Não leva em consideração a dramaticidade humana.
Como justificativa, alegam que o direito de se expressar não pode ser cerceado "por uma maioria."?  Afinal de contas o que é democracia?
Será ético que desejos de consumo que colocam em risco a vida de tantos, tenham que prevalecer? É como garantir o direito a se fazer coisa erradas e que ainda por cima são moralmente duvidosas. Fazer o que? Fica a sensação de que forças movidas pelo fator inconseqüência, resolveram se unir para banalizar e desestabilizar a vida daqueles que só querem viver de forma idônea e cuidarem de suas famílias.
Que ter cultura e inteligência não é sinônimo de ter cuidado pelo semelhante já era sabido, agora partir de tão nobre e importante cargo é que foi a novidade.
Para os mais paranóicos, esse estranho fato pode nos remeter ao escritor Aldous Huxley e sua obra ficcional “Admirável mundo novo”. Publicado na década de 30 do século XX, descreve uma sociedade dividida por castas. Trata-se de uma trágica e aterradora visão do mundo. - Vislumbrou uma civilização escravizada pela máquina e dominada pela tecnologia. Uma sociedade onde as crianças seriam geradas em laboratórios e especialmente treinadas e programadas para desempenhar funções pré-determinadas no meio social. As pessoas seriam controladas através do consumo de drogas psicotrópicas fornecido pelo estado.  Um mundo que aboliria a família e onde não deixa lugar para os sentimentos e para o amor.
Teria esse escritor, sido tão profético assim?
Vicente Ramatis. Autor do livro Armadilha Social.

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