Ano Novo, Drogas, Dependentes e Conservadores

Ano Novo, Drogas, Dependentes e Conservadores                                 Ultimamente tem sido comum assistir nas redes sociais, aqueles que se manifestam contra o consumo de drogas psicotrópicas, como: maconha, ecstasy, bebidas alcoólicas, e, às vezes, até de cocaína, serem rotulados de "conservadores", "reacionários", "otários" e outros pejorativos. É claro que esses comentários tão pouco lisonjeiros, são feitos pelos usuários dessas drogas, e, pelos defensores desse maléfico consumo. O mais triste nessa situação, é que por trás desses ataques verbais, já está notório que existe um grande interesse financeiro de alguns poucos que tem lucrado (e muito) com esse insano consumo.
Assim, nesses tempos epidêmicos de dependência química, vivemos uma insana e tragicômica situação.   Onde, dependentes se aliam a traficantes e passam a atacar moralmente, quando não fisicamente, a quem sonha e preconiza vivermos uma vida saudável e evoluída do ponto de vista: físico, psicológico, mental e espiritual. 
O debate aumenta na medida em que os "conservadores", percebem que acabam ficando com a conta dessa "festa" dos usuários. - São os inevitáveis aumentos de impostos, supostamente arrecadados (há meu Brasil de tanta corrupção) para pagar a fatura dos tratamentos e das aposentadorias precoces causadas por esse nocivo consumo. Assim, reagem e se manifestam indignados.
Nesses ataques verbais, é fácil perceber que os usuários apresentam tal comportamento reativo pelo fato de se depararem com comentários que trazem a tona, a crua realidade dos fatos, Ou seja, "a ficha cai". - Sentem-se claramente incomodados por serem instados, nem que por breves instantes, a se confrontar com a consciência de seu equivocado e danoso padrão de vida. Ouvir que estão jogando fora a própria saúde física e mental. Além de destruírem suas famílias. Então, independente da forma como essas informações lhes são transmitidas, o efeito pode ser muito adverso. O lógico seria de se esperar que apenas servissem para despertar nos usuários a noção de danos de seu consumo. Assim, buscarem uma forma de melhoria dos hábitos com consequente reflexo positivo para todos. Só que, em muitos, parece ter efeito adverso. Pelo menos no começo, reagem com cinismo e agressividade. Preferem pautar seu comportamento em suas quase sempre imutáveis convicções. Enquanto isso, continuam a se afundar na dependência química
Por outro lado, toda vez que essas informações vêm à tona, na mídia e são repercutidas no seio popular, em alguns usuários, parece surtir efeito positivo e suscitar algum desejo de mudança. Desse modo, existem aqueles que, num momento de entusiasmo, até prometem inserir a proposta da suspensão do uso de bebidas e de outras drogas em seu “planejamento anual.”. - Aquela famosa pauta de promessas que é feita no primeiro dia de cada ano novo. 
Tomara que esse ano sejam muitos a “cair na real”. Deixar as justificativas de lado, e, simplesmente procurar ajuda. Para isso existem os projetos como AA, NA, Rede Abraço etc. Felizmente a maioria funciona com gente boa e disposta a ajudar aqueles que realmente querem ser ajudados.
Se você está nessa, ponha Jesus em seu coração e faça a sua boa escolha de inicio de ano. Comece já. Boa sorte.
Vicente Ramatis  - Escritor e Médico Psiquiatra
Autor do livro Armadilha Social


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